Museu Etnográfico da Colônia Maciel

Horário de funcionamento: Sáb. e Dom 12:30 às 17:00 (durante a semana apenas por agendamento) Contatos: e-mail: leeparq@gmail.com telefone: (53) 81175029 Endereço: Colônia Maciel, 8° distrito de Pelotas/RS (acesso pela BR392, em direção ao município de Canguçu)

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Entrega do prédio



Cerimônia de cedência do prédio da antiga Escola Garibladi, a Universidade Federal de Pelotas para ser a sede do Museu Etnográfico da Colônia Maciel (2004)

Educação em colônias italianas

As dificuldades encontradas pelos italianos no Brasil se deram desde a ocupação do espaço territorial até o sistema educacional, o qual devido à necessidade inicial de trabalhar e pelos assentamentos dos imigrantes nos barracões, fora esquecido nos primeiros anos pelas famílias aqui estabelecidas.
No final dos anos 90 do séc. XIX, a Colônia Maciel contava, segundo o relatório do cônsul alemão Carl Ullrich, com duas escolas, uma municipal e outra comunitária. As crianças de famílias que vieram da Itália com um nível de instrução mais elevado recebiam ensinamentos escolares em casa.
Com o passar do tempo e a melhoria das condições na colônia, formaram-se escolas paroquiais, como na capela São José: lá existia uma escola particular, que trazia professores de Pelotas, que permaneciam apenas temporariamente na região.
Ainda hoje existe na colônia o prédio onde se estabeleceu, nos anos 20, a Escola Giuseppe Garibaldi.
Nas escolas, o ensino era ministrado em português desde os primeiros tempos. Diferentemente dos descendentes de colonos alemães da região, os imigrantes italianos da Maciel não preservaram por muito tempo o italiano. Algumas dificuldades levaram-nos ao progressivo abandono da língua. Em primeiro lugar, muitos vieram da Itália analfabetos, e eram aqui alfabetizados em português. Em segundo lugar, falavam na verdade dialetos do italiano, conforme a região de onde provinham: uns falavam o veneto, outros o mantuan. Como eles não se entendiam entre si, o português se impôs nas gerações seguintes. Hoje apenas os octogenários e nonagenários recordam-se do idioma de seus ancestrais.
As dificuldades encontradas pelos italianos no Brasil se deram desde a ocupação do espaço territorial até o sistema educacional, o qual devido a necessidade inicial de trabalhar e pelos assentamentos dos imigrantes nos barracões, fora esquecido nas primeiras gerações familiares aqui estabelecidas, limitando-se nas seguintes, aos italianos que já haviam adquirido melhores condições de vida.
Após os primeiros assentamentos, com o princípio do desenvolvimento básico das futuras colônias da região periférica de Pelotas, as escolas foram domiciliares, pois os pais pagavam individualmente aos professores, para assim fornecer instrução primária às crianças, sendo, portanto, na área colonial as aulas predominantemente particulares.
Com o passar do tempo e a melhora das condições na colônia, inicia a criação de escolas paroquiais, como no caso da capela São José, mas que também era uma escola particular de pouca duração pois a professora logo vai para Pelotas, sendo normal nas colônias o rodízio de professores.
O idioma italiano era naturalmente falado dentro de casa e passado tradicionalmente às crianças, os pais eram geralmente analfabetos no Brasil, pois não liam, não escreviam e, por vezes, não falavam o português e cabe aos pequenos descendentes o aprendizado da língua aqui falada, exceto pela dificuldade encontrada por alguns imigrantes em se comunicar e organizar seu comércio com brasileiros e para isso necessitavam aprender o idioma português.
Fonte: Exposição Vila Maciel: História da Colônia Italiana em Pelotas. ICH/UFPEL, 2001.Acervo do Museu Etnográfico da Colônia Maciel (2007)

Museu Etnográfico da Colônia Maciel

O Museu Etnográfico da Colônia Maciel é um espaço dedicado à memória da etnia italiana em Pelotas.
Inaugurado em 04 de junho de 2006, localiza-se na Vila Maciel, ao 8° distrito do município de Pelotas-RS. Sua criação resulta do projeto “Recuperação e Preservação da Memória Histórica da Comunidade Italiana Pelotense”, desenvolvida pelo Laboratório de Ensino e Pesquisa em Antropologia e Arqueologia (LEPAARQ) da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) em parceria com a comunidade italiana pelotense.
O museu está instalado num prédio construído em 1929 para abrigar a Escola Garibaldi, antiga escola da comunidade, possui um vasto acervo, constituído de aproximadamente 300 objetos, 3000 fotografias e um banco de história oral onde estão armazenados os relatos de descendentes de imigrantes.
Sua exposição, de caráter permanente, é dividida em temáticas variadas, que tem por objetivo promover o resgate do cotidiano da vida dos imigrantes e seus descendentes, preservando assim a memória da comunidade além de proporcionar subsídios para pesquisadores poderem realizar estudos referentes a imigração italiana e seus costumes.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Prédio


Museu Etnográfico da Colônia Maciel (2006)



Escola Garibaldi (2001)


Escola Garibaldi (década de 1930)